...o mundo, monturo de forças instintivas |
Edição RZ |
António Rito Silva (ars)
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A alma humana é vítima |
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A arte consiste em fazer os outros sentir |
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A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos |
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A arte é um esquivar-se a agir |
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A fé é o instinto da acção |
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A habilidade em construir sonhos complexos |
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A reductio ad absurdum é |
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Adoramos a perfeição, porque a não podemos ter |
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Aquela divina e ilustre timidez |
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As coisas mais simples, mais realmente simples |
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Choro sobre as minhas páginas imperfeitas |
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Desde o meio do século dezoito |
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Duas vezes, naquela minha adolescência |
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EDUCAÇÃO SENTIMENTAL |
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ESTÉTICA DA ABDICAÇÃO |
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Em baixo, afastando-se do alto |
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Escravo do temperamento |
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Fazer uma obra e reconhecê-la |
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INTERVALO [Antefalhei a vida] |
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MANEIRA DE BEM SONHAR | Adia tudo |
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MANEIRA DE BEM SONHAR | Cuidarás primeiro |
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Mesmo que eu quisesse criar |
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Meus sonhos: Como me crio |
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Nunca amamos alguém |
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O AMANTE VISUAL | Nem em torno dessas figuras |
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O governo do mundo começa em nós mesmos |
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O homem perfeito do pagão |
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O mundo é de quem não sente |
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O povo é bom tipo |
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OMAR KHAYYAM [O tédio de Khayyam] |
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Onde está Deus, mesmo que não exista? |
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Perder tempo comporta uma estética |
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Quanto mais alta a sensibilidade |
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Quanto mais contemplo o espectáculo do mundo |
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Se eu tivesse escrito o Rei Lear |
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Sinto o tempo com uma dor enorme |
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Tenho assistido, incógnito |
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Tenho por intuição que para as criaturas como eu |
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Tenho que escolher o que detesto |
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Tudo quanto é acção, seja a guerra ou o raciocínio |
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Um quietismo estético da vida |
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Visto que talvez nem tudo seja falso |
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É a última morte do Capitão Nemo |
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